terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Uma loucura colorida

E de tempo em tempo sentia a mesma presença única de seu eu interior.
Um EU que nascera sozinho e tinha como álibe a tenra solidão.
Como uma folha que quando se destaca de seu galho, voa avulsa, como que sem pretensão, sem perceber que mesmo sem querer ousava em ser folha e por ser, assim o era.
Descobrira que o milagre estava em aceitar a condição de vida, mesmo que esta venha com o limite do corpo. Já a loucura, mais que a permeou, enfeitou a sua infância como quem confeita um bolo, e como quem alegra uma manhã.
Estava ela, colorida, de toda uma loucura tão imensa que ansiava por desabrochar.
Toca o chão para conhecer a realidade, mas de sã, nunca chegara perto.

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