sábado, 28 de julho de 2012

Arte

Não há como negar, sinto o chamado esgotante da arte em mim.
Sinto a arte me buscando, tentando me envolver, berrando em meu dia-a-dia. Mas como encontrá-la?
Ah, isso é fácil. Há arte por todo lugar, há arte até onde não há nada artístico. Uma pequena piscadela e pronto, já há arte.

Mas não tenho esse dom, sinto que há em mim muito a desabrochar, tenho uma necessidade urgente de demonstrar o que eu sinto, de transbordar toda essa energia aflita, mas como?
Eu não consigo encaixar esta urgência insana, essa pulsão de vida tão ávida que é quase morte.
Se dom se nasce, eu ainda não nasci ainda, estou no ventre de uma espera tardia de emoções, preciso me emancipar de mim, mas nada tenho a não ser o isso.

E isso já nem me basta mais, quero ser como um artista nato, mas sem mãos e braços, sem a arte natural que não me contempla.
O isso é muito pouco, mas não me preocupo mais, ardo em silêncio, aqui... sozinha.

E que o divino me contemple neste meu aniversariar, com um dom novo, pra mim que já estou velha de mim mesma, de um dom único e verdadeiro, pra quem já está cansada de esperar...

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