domingo, 30 de outubro de 2011

Sem título

Me peguei hoje cedo parecida comigo mesma.
Fazendo as mesmas piadas e com os mesmos trejeitos.
As mesmas idéias infantis de perdição, e as velhas fantasias de infinito e solidão.
As mesmas gargalhadas por nada e aquela sensação de ser única.

Curiosamente me identifiquei, senti aquela antiga loucura da infância, onde só havia o encontro de mim e eu.
Lembrei das brincadeiras de bonecos de papel, dos longos diálogos com as plantas. Das histórias que eu criava sobre personagens inventados.
Recordei o animal imaginário, as crianças que nunca existiram.
E a noite chegava; minha mãe chegava; eu chegava... E novamente era uma criança quase normal.

Hoje, é quase igual.
Tenho as mesmas fantasias, apenas um pouco mais amadurecidas. Aindo tenho uma forma utópica de ver o mundo e as pessoas, e talvez eu continue acreditando no impossível.

Acho mesmo que não sou daqui, talvez eu tenha vindo parar neste lugar por puro engano.
-Ei, me levem de volta!!!!
- O ar aqui é extremamente pesado e as pessoas se preocupam tanto consigo mesmas que chego a sentir uma repulsa.
-Mandem uma nave, das mais simples, não me importo com o conforto.
Definitivamente: "Pare o mundo que eu quero descer!"

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