quarta-feira, 20 de julho de 2011

Ócio pra que te quero!

Acostumar-se com aquilo que podia aborrecer e dar-se conta que não é assim tão mal, é bom ou ruim?
O fato é que percebo agora que estou começando a conseguir (bem devagar...), a me acostumar com um novo companheiro, o tão misterioso ócio.
O ócio é um bicho assustador por vezes, mas pode nos ser muito fiel, se formos também fiel a ele.

Acho que posso dizer, sem pretensão de soar bonito, que estou começando a gostar. Estou me encontrando de novo, após vários furos comigo mesma, após me deixar esperando por horas, dias, semanas talvez.
Atendi finalmente ao meu próprio chamado e já começo a me sentir mais familiarizada com a minha própria solidão. Que nada mais é que o meu singelo reflexo.

E tudo isso, graças ao meu ócio, ao meu ócio que desabrochou e tá saindo bem aos pouquinhos de seu casulo e está tornando-se um ócio criativo, ou pelo menos, potencialmente criativo.

E que lindo está sendo este (re) encontro de mim comigo.
Mas não devo sair da vigília, a loucura é um gato pardo que permea os muros e tem unhas afiadas!

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