quarta-feira, 30 de março de 2011

A vida que me pertence

As meias sem par, a negação à rotina, à obediência e à normatização.
O vício pelo café, pelo álcool, pela noite e outras cositas mas.
A inconstância, a descerimônia. A vadiagem, o desapego, a preguiça, o sono.
A solidão, a dúvida, o questionamento. A alienação, o esquecimento, a busca, o ingênuo.
As calcas curtas, o dinheiro não poupado, o tempo gasto até o último vintém. O quarto do avesso, as diferenças acertadas, as áreas comuns.
O eu, o você, o nós.
As disciplinas pessoais, os limites, as forças. Os desentendimentos, os diálogos, a impermanência, a partida e o ficar.
A insegurança, a carência. O teto, o cobertor, a geladeira, o calor dividido em muitos sem quase não faltar nada a ninguém.
Os incontáveis passados, o único presente, o futuro impensado. As possibilidades, o anonimato. A vida paralela, os projetos, crenças, aspirações e frustrações tão sortidas quanto pessoais.
O tempo livre, a fadiga, a tosse. As contas, a roupa de cama e banho, a louça.
A arte, o medo e a coragem, as paredes sem acabamento.
A experiência, o cansaço, o abatimento. A fuga, a fugacidade, o desassossego.
A vida que me pertence no presente momento.

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